CONHEÇAM A TRAJETÓRIA DO ARQUEIRO VERDE (PARTE II)
Ano passado trouxemos a 1ª parte da origem do Arqueiro Verde, que vocês podem ler aqui. Agora lhes trago a continuação.
Quando o contrato de Grell com a DC terminou ele não retornou ao personagem, isso deu a editora a chance de começar um retorno do “Status Quo” do Arqueiro Verde para o Universo DC convencional.
Após a saída do Grell da série do Arqueiro, que agora contava com roteiros de Kelley Puckett e desenhos do talentoso Jim Aparo, o título foi removida da linha “Mature Audience”, que nessa época havia evoluído para o selo “Vertigo”, com isso a série voltou a ficar mais integrada ao Universo DC, em decorrência outros Super-Heróis começaram a frequentar a revista, além do próprio Arqueiro Verde ter começado a aparecer em vários títulos de outros Super-Heróis como convidado, principalmente nas HQs do Lanterna Verde, como pode ser visto na edição #47 do volume 03, onde vemos o Arqueiro ajudando o Lanterna a resgatar sua namorada Carol Ferris e sua família de um dos inimigos de Hal.
Outra importante participação do Herói foi na saga “Zero Hora” (Zero Hour) publicada em 1994, na qual o grande vilão se mostra ser o seu ex-parceiro e amigo Hal Jordan, que buscava refazer o Universo, em decorrência do trauma que sofreu após a grande destruição de Coast City. Para isso ele destruiu a Tropa dos Lanternas Verdes e com isso ganhou o poder necessário para seus planos, em um momento crucial, durante a batalha final, o Arqueiro é forçado a atirar em seu velho amigo.
Com o tempo, o Arqueiro Verde passou a ser quase um Robin Hood moderno, caminhando em ambos os lados da lei, enquanto aplica sua própria versão de justiça, utilizando seu arco e suas flechas. Em um desses casos, Ollie precisou deter um grupo paramilitar, conhecido como Corporação Éden (Eden Corps), tudo isso ocorreu entre as edições #100 e #101 do Vol. 02 de “Green Arrow” de setembro e outubro de 1995. Para evitar que um avião contendo um artefato explosivo destruísse Metrópolis, Oliver Queen sacrificou sua vida.
Curiosidade:
Em “Green Arrow” #101 temos um pequeno vislumbre do futuro mostrado pelo Frank Miller na minissérie “O Cavaleiro das Trevas” (The Dark Knight Returns) lançada entre fevereiro e junho de 1986. Na história do Arqueiro ele impediu que o Superman amputasse seu braço, que estava preso na bomba, enquanto que no Universo do Miller o Homem de Aço havia decepado o braço do Arqueiro Verde.
Após sua morte, fomos apresentados ao jovem Connor Hawke, filho do Oliver Queen, que pegou para si o arco e as fechas do seu pai e continuou sua luta por justiça como o segundo Arqueiro Verde, nessa época os roteiros eram escritos pelo Chuck Dixon. Porém esse não seria o fim de Oliver Queen, em 2000, no início do Vol. 03 de “Green Arrow”, o roteirista e cineasta Kevin Smith, juntamente com a dupla de desenhistas Phil Hestor e Ande Parks, criou uma história para ressuscitar Oliver, para isso ele trouxe Hal Jordan, o antigo Lanterna Verde, que era o hospedeiro do Espectro, que usando seus poderes divinos, trouxe seu velho amigo de volta da morte. Além de ressuscitar o Arqueiro, Smith trouxe de volta sua fortuna e lhe trouxe uma parceira-mirim, a jovem Mia Dearden, a nova Ricardita (Speedy).
Quando Smith deixou o título os roteiros foram assumidos pelo escritor Brad Meltzer, que criou um enredo que apresentaria o Arqueiro Verde e seu ex-companheiro, Roy Harper, se unindo e indo em uma viagem pelo país para pegar antigos pertences de Ollie, mais precisamente um Anel de Poder sobressalente do Lanterna Verde confiado a ele por Hal Jordan muitos anos antes. A história também revelou que Oliver sabia o tempo todo que Connor era seu filho e até estava presente em seu nascimento, porém em decorrência de seu medo das responsabilidades da paternidade Oliver acabou abandonando Connor e sua mãe.
Tempos depois Meltzer passou a escrever a minissérie “Crise de Identidade” (Identity Crisis) publicado de junho a dezembro de 2004, que contou fortemente com o Arqueiro Verde como um dos personagens principais da trama que investigava o assassinato de Sue Dibny, a esposa de Ralph Dibny, o Homem-Elástico, revelando assim que no passado alguns membros da Liga da Justiça estiveram envolvidos em fazer modificações em memórias e personalidades nas mentes de vários vilões para esconder suas identidades secretas.
O personagem também apareceu em uma série de outros títulos, como por exemplo a Liga da Justiça e Liga da Justiça Elite, onde Oliver se junta a uma super-equipe ‘Black Ops’ como consultor tático da equipe, um dos pontos marcantes que se pode citar do período do Arqueiro Verde na Elite foi seu breve relacionamento amoroso com Dawn, a esposa do especialista em magia da equipe, o Corvo Manitu.
No ano de 2011, a DC resolveu reformular todo o seu Universo, chamando essa nova linha temporal de “The New 52”, dentro todos os 52 títulos “Green Arrow” foi um dos escolhidos. Nesta nova continuidade, Oliver Queen além de atuar contra o crime, ele é o diretor da Q-Core, uma empresa de tecnologia de comunicações que faz parte da Queen Industries, através da qual ele financia e se blinda como Arqueiro Verde. Aqui o personagem faz pouca alusão à sua antiga parceria com Roy Harper, mas as memórias de Roy, que nessa realidade atua como Capuz Vermelho no grupo de Super-Heróis conhecidos como “Os Renegados” estabeleceu que a dupla se desentendeu mal, levando Oliver a expulsá-lo do Q-Core.
O roteiro dessa nova fase se iniciou com a entrada de J.T. Krul, que mais tarde foi substituído por Keith Giffen e Dan Jurgens e que por sua vez foram substituídos por Ann Nocenti, porém nenhum desses roteiristas foi bem recebido pela crítica ou pelos fãs. A partir da edição #17, “Green Arrow” recebeu uma nova equipe criativa no forma do roteirista Jeff Lemire e da desenhista Andrea Sorrentino, ambos responsáveis por trazer uma recepção mais positiva da crítica e dos fãs.
Ollie atuava em Seattle e era apoiado em suas atividades de vigilante por uma pequena equipe de amigos próximos que são gênios da tecnologia, porém em decorrência do reboot, fatos como sua história romântica com Dinah Lance, sua amizade com Hal Jordan e o fato de ser pai de Connor Hawke nunca aconteceu.
Em 2006 na 6ª temporada de “Smallville” tivemos a primeira aparição em live-action do Arqueiro Verde, fazendo uma participação especial e sendo interpretado pelo jovem ator Justin Hartley, na 7ª temporada o personagem retornou em mais uma participação, a partir da 8ª ele se tornou um personagem fixo na série, apesar de possuir a mesma origem, esse Arqueiro não era uma versão de sua contraparte dos quadrinhos, pois ele seguia a temática teen de “Smallville”, além de ser mais como uma combinação do Ollie dos quadrinhos, com o Bruce Wayne. Mesmo não sendo uma cópia fiel, essa versão serviu de prenúncio para a longa carreira que o Herói teria fora das HQs.
Entre os depoimentos sobre a atuação do Hartley, podemos citar as declarações do roteirista da DC, Mark Waid, que declarou que Justin era um Arqueiro perfeito, dotado de uma ousadia, uma arrogância. Já o também roteirista Geoff Johns disse:
“Eu amo Justin como Arqueiro Verde. Eu não percebi o quão bom ele era até vê-lo na tela. Tipo, eu sabia que ele era bom; mas cada linha que ele entregava era perfeita. Ele pode fazer qualquer linha soar bem. Então, fiquei agradavelmente surpreso com o quanto ele roubou as cenas.”
Já no mundo das animações, o Arqueiro Verde participou de vários episódios da série animada “Liga da Justiça Sem Limites” (Justice League Unlimited), de 2004, outra participação do personagem foi na série animada “Justiça Jovem” (Young Justice) de 2010.
Não foi apenas em participações especiais que vemos o Ollie, ele teve um curta chamado “DC Showcase: Green Arrow”, lançado originalmente em 2010, como extra no DVD “Superman/Batman: Apocalypse”, sendo no mesmo ano relançado com uma versão estendida no DVD “DC Showcase Original Shorts Collection”.
Em 10 de outubro de 2012 a emissora The CW colocou no ar o primeiro episódio da série “Arrow”, estrelada pelo ator Stephen Amell.
Não entrarei em detalhes da série aqui, já que pretendo fazer um texto mais completo sobre ela em um futuro próximo.